Nós, brasileiros, percebemos cada vez mais a dificuldade em discutir temas relacionados à política. Muitos de nós, insistentemente, tentam argumentar sobre como o próprio pensamento político está certo, mas, na maioria das vezes, sobrepondo-o à perspectiva política de outra pessoa. Infelizmente, nós nem sequer sabemos que agimos dessa maneira. Isso ocorre porque acreditamos estarmos absolutamente certos e sermos exímios argumentadores acerca da própria ótica política; cabendo àqueles que não dividem a mesma ótica apenas a aceitarem como verdadeiras. Felizmente, evidências outorgadas pelas ciências psicológicas permitem, hoje, que entendamos o motivo pelo qual as pessoas têm tanta certeza de que o seu grupo e seu lado político estão certos. Acontece que a nossa espécie tem a tendência ao grupismo, o que significa que todos tenderemos a se reunir em grupos; e não só isso, acontece também que os humanos produzem, geralmente, as próprias justificações morais visando defender a perspectiva moral do próprio grupo, não para buscar alguma verdade ulterior. Esse curso tem o objetivo de expor tais tendências, assim como apresentar uma possível solução para a problemática do grupismo, que foi denominada, pelo filósofo Joshua Greene, como pragmatismo profundo. Segundo Greene, todos nós, ao encontrarmos uma situação de discordância grupal, deveríamos privilegiar a maximização da felicidade de todos, não apenas defender os pressupostos dos próprios grupos. Com essa solução é possível que cada um, individualmente, consiga dialogar de uma maneira mais razoável com as pessoas que não compartilham da mesma perspectiva política, de modo a conseguir chegar a algum consenso que vise soluções que maximizem a felicidade não apenas do próprio grupo, mas das pessoas do município, estado ou até mesmo de outras nações.
Público Interno: Alunos de graduação e pós-graduação;
Público Externo: Estudantes de ensino médio e sociedade civil em geral.